História

História da Cidade

Paraíso Rural e Ecológico.
Recortado por montanhas e fazendas de café, o município dispõe de roteiros que reúnem áreas ecológicas e cachoeiras.

Belezas naturais e cultura rural são características comuns aos municípios que se situam nas imediações da Serra do Caparaó. Luizburgo é uma destas cidades com fortíssima referência no Agro e Ecoturísmo.

Nas estradas de acesso ao município, o visitante comprova esta vocação. O que se vê é uma grande sucessão de propriedades rurais repletas de cafezais e casas coloniais. As montanhas e matas circundam o trajeto, formando uma paisagem rústica e bucólica.

Luisburgo tem 145 km² e mais de 6000 habitantes. Seu relevo é montanhoso, com variações entre 500 e 1.810 m no seu ponto mais alto, o Pico da Pedra Dourada. A economia da cidade se baseia na pecuária e produção cafeeira, com impressionantes 16 milhões de pés de café.

A mesma natureza que gerou férteis, criou todas as belezas da Reserva Natural existente em torno da Pedra Dourada, principal área de preservação de Mata Atlântica do município.

Suas florestas são habitat de raridades da Fauna (paca, cutias, tapeti, jaguatiricas, macaco-prego e barbado) e Flora (canelas, figueiras, folha-de-serra,ingá-ferro,folha-de-bolo, cedro, taquara e siritinga). A reserva e o maior atrativo turístico da cidade e ainda tem várias quedas d'água, como a Cachoeira da Pedra Dourada.

Outras opções de roteiros ecológicos são as cachoeiras dos córregos dos Barroso e dos Otti e as três montanhas que resguardam a sede. Embora se localizem em propriedades particulares, todas atrações tem acesso permitido.

Como Chegar:
- O município tem acesso por Manhuaçú, cidade onde passam as BRs 262, 116 e MG 111, e por Manhumirim. Luisburgo está a 300 km de Belo Horizonte.

AVENTURAS NAS CACHOEIRAS
 
Para quem quer pura diversão, vale a pena conhecer também as cachoeiras das localidades do Córrego dos Barroso e Córrego dos Otti. Aqueles que preferem desafiar os limites podem se deliciar fazendo trekking nas montanhas que resguardam a sede de Luisburgo.

A cidade é cercada por belos e grandes maciços que estão em áreas particulares. As três maiores ficam nas propriedades de Zé Knupp, Zé Thabeth e Nagibe Viana. Nesta última há um cruzeiro, muito frequentado em outubro, quando acontecem missas e outras celebrações da religião Católica.

CALENDÁRIO FESTIVO

É mais intenso no meio do ano, quando acontecem as tradicionais Festas Juninas. As quadrilhas são apresentadas pelas escolas e comunidades. Neste período, comemora-se o dia de São Luís Gonzaga (21 de junho), padroeiro da cidade. Em setembro tem o desfile cívico-escolar da Independência do Brasil (07 de setembro) e, no final do mês, a Festa do Produtor Rural (ou Festa da Amizade), com muitos shows e barracas de comidas típicas. Em 21 de dezembro a cidade comemora a emancipação política.
 
NATUREZA PARADISÍACA
A natureza respira aliviada na principal reserva ecológica local.

A reserva Natural da Pedra Dourada é a principal área de preservação do município de Luisburgo. O local é ideal para quem gosta de observar a natureza, caminhar pelas trilhas estreitas da floresta ou se aventurar nas cachoeiras e montanhas.
 
Por reunir tantas maravilhas, o conjunto é a maior atração turística da cidade. A Pedra Dourada também é tida como um santuário das espécies atlânticas, um verdadeiro patrimônio que é preservado e amplamente divulgado pela comunidade.

A região recebeu este nome porque, ao amanhecer, a luz do sol atinge o alto de uma montanha de 1.810 metros de altitude e provoca um reflexo dourado que contrasta com a penumbra do vale. O espetáculo da alvorada é inesquecível.

Próximo ao topo do pico, fica a nascente de um dos principais afluentes do rio Manhuaçu, o córrego da Pedra Dourada, que tem 15 km de extensão. Em seu leito encontram-se várias quedas, como a Cachoeira da Pedra Dourada. O atrativo tem mais de 30 metro de corredeiras com uma queda de uns 20 m. Abaixo, há um poço natural.

As matas da reserva apresentam formação florestal bem desenvolvida, com árvores de mais de 15 m. Entre as plantas encontram-se principalmente folha-de-serra, ingá-ferro, folha-de-bolo e siritinga, mas também há jequitibás, jacarandá, orquídeas e bromélias, entre outras. 
 
Entre a vegetação vivem pacas, cutias, tapeti, quatis, iraras, jaguatiricas, tatus e primatas raros, como o macaco-prego e o macaco barbado, também chamado de bugio, guariba ou gritador.

A área da Pedra Dourada, que faz fronteira natural entre Luisburgo e os municípios de Divino, Caparaó e Alto Jequitibá, pertence a Nagibe Viana Klein, que faz questão de preservar o santuário ecológico.

Como Chegar à Reserva Ecológica:
Sair de Luisburgo sentido Manhuaçu/Manhumirim e entrar à direita 1 km depois. A reserva fica a menos de 15 km da sede.

200 ANOS DE HISTÓRIA.
Com apenas uma década de emancipação Luisburgo tem história.
 
O vale onde surgiu o município de Luisburgo começou a ser colonizado ainda na primeira década do século XIX. Até então, os habitantes nativos eram índios Tupi, chamados de Puri pelos pioneiros.

Os desbravadores da região foram bandeirantes vindos do litoral do Espírito Santo e imigrantes provenientes do Rio de Janeiro. Os primeiros procuravam ouro e a poaia, uma planta medicinal da Mata Atlântica. Os europeus, acostumados ao frio, estavam em busca de um clima mais ameno.

Domingo Fernandes Lana foi o responsável pela abertura das primeiras estradas para o vale. Com o acesso várias famílias suíças (Hott, Baltazar,Cosendey, Giviziez, etcv) se estabeleceram ao redor das belas montanhas e começaram a cultivar as terras.

Desde sua gênese, Luisburgo teve a Agricultura como principal atividade econômica. A situação melhorou em 1849, com a chegada da cultura do café, maior fonte de renda hoje. As primeiras plantações surgiram às margens do ribeirão São Luís.

Entre 1860 e 1874, a cidade receba novos grupos de colonos. Eram suíços, alemães, portugueses, italianos, turcos e libaneses, também procedentes do Espírito Santo e da região fluminense de Nova Friburgo.

A propriedade que deu origem ao distrito de São Luis do Manhuaçu pertencia a José Petronilho de Inácio Souza e sua esposa, Anna Rita de São Miguel, que em 25 de janeiro de 1892 doam um terreno de 4 alqueires e 22 litros para São Francisco das Chagas, santo de devoção do casal.

Este patrimônio registrado em nome da Igreja Católica foi a pedra fundamental do atual núcleo urbano de Luisburgo. Nas imediações do terreno surgiram as primeiras habitações e prédios comerciais. A atividade mercantil era comandado principalmente por turcos e libaneses.

O café e o comércio trouxeram riqueza e crescimento. A localidade passa a precisar de mais serviços, como de cartório, aberto em 1890. Juvenil de Abreu, um escrivão do tabelionato, foi o responsável pela mudança de nome do distrito. Ele não era devoto de santos e sugeriu que a localidade se chamasse Luisburgo.

Em 1950, tem início o movimento pela emancipação, encabeçado por José Thabeth Knupp e José Thebit. A luta pela autonomia político-administrativa continua nas décadas seguintes, até que é aprovada a lei de emancipação, em 21 de dezembro de 1995.

PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO
Casarios dão um tom histórico às ruas de Luisburgo.
 
Luisburgo não possui Patrimônio Histórico oficializado, mas guarda um grande número de imóveis antigos com grande beleza arquitetônica. A maioria sofreu alterações, mas ainda têm o charme e o romantismo do século passado.

Grande parte das residências da sede são casas baixar com telhados de quatro águas. Também há alguns sobrados. Próximo à Prefeitura Municipal, encontram-se quatro construções típicas. A Igreja mais antiga é a Matriz de São Luiz Gonsaga.

No interior, há dezenas de propriedades rurais com características coloniais, destacando-se a Fazenda de Elza Estanislau, na localidade de Gameleira.

NOME ALTERADO
A vila de São Luiz do Manhuaçu foi assim denominada porque ali prevalecia a devoção por São Luiz Gonzaga, considerado pela Igreja Católica o padroeiro da Juventude. Coincidentemente, a região foi colonizada por uma maioria de jovens suíços.

Acontece que em 189 é aberto o primeiro cartório da localidade e ali viera trabalhar um escrivão descendente de suíços chamado Juvenil de Abreu, que não era devoto de santos. Conta-se que naquela época, os funcionários do tabelionato tinham muito poder e Juvenil pretendia mudar o nome da
localidade.

Para homenagear as origens européias da cidade, ele associou o nome do santo ao termo burgo (palavra que significa pequeno vilarejo), criando o nome Luisburgo.
 
APRECIANDO A PAISAGEM

Luisburgo tem acesso por Manhuaçu e Manhumirim. As próprias estradas que ligam os municípios constituem belo roteiros do Agro e Ecoturismo. Na paisagem se sucedem montanhas, matas, rio, cachoeiras, cafezais e muitas casas coloniais.
Vale a pena cruzar as serras na estrada de chão que dá em Manhumirim. Em dias de tempo aberto, vislumbra-se toda a cordilheira do Caparaó após ultrapassar o ponto mais alto da estrada. O acesso fica a 8 km do Centro, segunda entrada à direita.

Fonte: Caparao Blogspot

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